Trabalhar como profissional autônomo parece simples, mas independente de você ter optado por realizar a prestação de serviços como pessoa física ou jurídica, você tem as mesmas necessidades do que qualquer empresa – precisa pensar nas finanças, organizar seus funcionários, e também precisa pensar nas vendas.
Vendas, como assim? Sim, mesmo que você trabalhe com segmentos nos quais é comum que o cliente busque pelo profissional, como dentistas e contadores, você pode e deve fazer com que as pessoas te encontrem quando estiverem precisando de serviços da sua categoria: e é disso que trata o marketing – seja para sinalizar melhor seu local de trabalho, seja para realizar campanhas de marketing digital.
Profissional autônomo pode ter CNPJ?
Sim, os profissionais autônomos, mesmo que prestem serviços sem sócios, podem ter seu negócio próprio. Há no Brasil hoje como abrir empresa para manter CNPJ ativo e atuar com profissões em que antes atuava apenas como pessoa física mesmo.
Esse movimento tem acontecido especialmente porque os profissionais identificam vantagem em atuar como pessoa jurídica – a grande maioria se beneficia com carga tributária menor.
Para atuar sozinho, uma das boas opções é a Sociedade Limitada Unipessoal (SLU), que é um modelo parecido com as tradicionais Sociedades Limitadas, mas com regulamentação para apenas um sócio. Este tipo de empresa foi criado justamente para comportar todos os interessados em abrir empresa sem outros sócios, que muitas vezes acabavam criando uma LTDA com um sócio que não era participante da empresa – apenas para conseguir o atributo da separação dos bens da empresa e da pessoa física.
Independente de você ter interesse em abrir um negócio ou não, é sempre importante verificar com um escritório de contabilidade de confiança qual é o melhor planejamento tributário para você – porque a verdade é que todos queremos manter a melhor remuneração possível, com o menor custo fiscal, e isso é possível mediante um bom estudo de cada situação.
Profissional autônomo pode ser MEI?
Não, os autônomos não estão inseridos no modelo MEI. O Microempreendedor Individual é o menor tipo de empresa disponível no Brasil – com faturamento de até R$ 81 mil por ano.
Além desse valor já ser baixo para muitos dos tipos de profissionais autônomos em atuação, o MEI só está disponível para uma lista específica de atividades econômicas que o Comitê Gestor define a cada ano.
Em geral, as atividades são de cunho técnico, para aqueles profissionais que tinham dificuldade de manter relacionamento formal com o Governo, e acabavam na economia informal. São as sacoleiras, os marceneiros, os eletricistas.
Há uma série de pessoas que se beneficiaram com a abertura do MEI, especialmente por permitir acesso aos benefícios sociais, como aposentadoria e licença-saúde.
Profissional autônomo pode “se vender”?
Claro que pode – e deve. Há algumas profissões regulamentadas nas quais a categoria se autodefine como não empresarial – como os médicos, por exemplo, que não devem colocar o lucro acima dos valores éticos da profissão.
De qualquer forma, isso não invalida que o trabalho de manter seu nome entre os que as pessoas encontram quando procuram pela sua especialidade seja feito – e isso, de certa forma, também é se vender.
Quando você faz um plano de negócios para PME (Pequenas e Médias Empresas), você identifica justamente este tipo de oportunidade: às vezes não se trata de anunciar abertamente o seu serviço, mas de manter seu nome em destaque e permitir, com isso, uma clientela interessante e frequente.
Quais as principais alternativas de Marketing Online para vender um serviço de profissional autônomo?
A internet abriu um caminho imenso para que as coisas aconteçam de uma forma diferente. Se antes as pessoas escolhiam o Advogado lendo os jornais ou mesmo por placas de rua, cada vez mais esse tipo de serviço – e todos os outros – são encontrados por pesquisas online.
Novamente, não se trata somente de anunciar com peças chamativas, mas sim de manter conteúdos fortes que façam com que as pessoas reconheçam seu conhecimento.
Você já deve ter pesquisado pelo nome de um profissional, por exemplo um arquiteto, e recebido sugestões de nomes de outros profissionais da mesma região através do buscador. Isso pode acontecer tanto em função de pagamento de anúncios quanto pela identificação pelo mecanismo de informações relevantes na área pesquisada.
Uma das propostas no marketing digital, então, é manter um site com informações sobre a sua área de atuação – é claro que isso requer algum investimento, especialmente de tempo para manter conteúdos novos.
Outra dica importante é investir nas redes sociais. Um engenheiro, por exemplo, pode postar a cada período algumas fotos de suas obras (com consentimento dos clientes, claro).
Outras pessoas interessadas em contratar serviços de engenharia poderão localizar as imagens e saber que, de fato, esse profissional entrega seus projetos com qualidade, dentro dos prazos – isso gera confiança.
Quais as principais alternativas de marketing offline para vender o serviço de um profissional autônomo?
Além desse mundo virtual, continuam valendo as boas práticas de divulgação anteriores. Para os profissionais autônomos é muito importante, por exemplo, manter uma rede de contatos forte, com conexões de parceria e possíveis clientes – é o networking, que tanto se fala.
Sim, porque muitas vezes antes de pesquisar online sobre um tipo específico de profissional, o que a gente quer mesmo é uma boa indicação de alguém que já precisou contratar o mesmo tipo de serviço.
Outro ponto importante – embora tenha perdido um tanto do glamour com a pandemia – é o local de trabalho onde você recebe os clientes. Embora esteja muito em voga o atendimento em um café, e definitivamente agora o atendimento online, um bom escritório passa também segurança para o cliente.
Como precificar o serviço do profissional autônomo?
Esse é um dos grandes desafios dos profissionais autônomos: definir o valor que receberão a cada projeto. Embora todo mundo queira receber muito (lembre-se que é preciso o planejamento tributário, que a gente falou antes), é interessante que seu preço esteja baseado na sua experiência e em uma avaliação clara do mercado.
Não adianta cobrar um valor totalmente fora da realidade de mercado – os clientes não são desinformados, eles sabem quanto outros profissionais do mesmo ramo estão cobrando.
Também não adianta colocar o valor muito baixo só para pegar o trabalho, mas depois ver que não é possível manter o atendimento com um valor tão baixo. É preciso avaliar com base na realidade.
Por: Guilherme Soares, engenheiro formado pela Universidade de São Paulo com mestrado em administração de empresas pela London Business School. Guilherme atuou como consultor de estratégia de negócios na Bain & Company e liderou áreas de estratégia comercial e produtos na Latam Airlines Cargo e Cielo. Iniciou na Contabilizei em 2018.
Fonte: Contabilizei
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Fonte: Jornal Contábil
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