Os avanços tecnológicos aumentaram a qualidade de vida da população. Hoje, facilmente se pode conferir com antecedência a rota para um destino, pesquisar curiosidades em tempo real e passar o dia ouvindo o álbum do cantor favorito em aparelhos pequenos e que cabem no bolso. No entanto, algumas dessas novas tecnologias, se não usadas moderadamente, podem trazer danos à saúde.
O tempo gasto com fones de ouvido, por exemplo, é um risco para a audição, principalmente se utilizado de forma contínua e em volumes altos. Isso porque as células auditivas, que são insubstituíveis, vibram intensamente ao receber o estímulo sonoro e o excesso dessa vibração pode diminuir o tempo de vida das células. O risco aumenta nos casos de fones intra-auriculares — com saída de som dentro do ouvido — e sem isolamento acústico, pois para compensar o som externo o ouvinte tende a aumentar ao máximo o volume do aparelho.
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Com o tempo, o estímulo excessivo de ruídos sonoros pode acarretar na chamada perda auditiva adquirida. Diferente da perda congênita, que está presente desde o nascimento, a perda adquirida ocorre nos casos em que o sujeito nasce com audição dentro dos padrões de normalidade, mas perde capacidade auditiva ao longo da vida.
Dia Mundial da Audição
Neste Dia Mundial da Audição (3), a orientação do Ministério da Saúde, portanto, é que as pessoas reduzam o tempo em que estão expostas a ruídos excessivos. Confira situações que podem ser prejudiciais no dia a dia:
- Excesso de ruídos em intensidades sonoras elevadas por longos períodos de tempo, tais como ambiente de trabalho ruidoso (músicos, garçons, cabeleireiros, dentistas, motoristas, professores de academia de ginástica, aviadores e profissionais que trabalham em aeroportos, entre outras profissões);
- Sons intensos em shows, casas de festas e baladas;
- Ouvir som no smartphone em volume muito alto, por longos períodos de tempo;
- Alta intensidade de ruído, como disparo de tiro, buzinas e fogos de artifício;
- Poluição sonora por equipamentos ruidosos, tais como máquinas domésticas e pelo trânsito;
- Tratamentos com medicamentos ototóxicos que podem danificar as células ciliadas da orelha interna e trazer prejuízos irreparáveis à audição.
Cuidados constantes
Os fatores que podem causar a perda total ou parcial variam entre meningite, caxumba, sífilis, sarampo, herpes, infecções na orelha de forma recorrentes, e trauma acústico (exposição a sons de grande intensidade como explosões), exposição a ruídos, envelhecimento, tumores cerebrais e mal uso de medicamentos.
O Ministério da Saúde esclarece, ainda, que a prevenção deve ser feita com o acompanhamento ativo e atenção aos sintomas. Assim que o paciente perceber problemas auditivos, como a recorrência de infecções, o ideal é buscar uma consulta otorrinolaringológica, avaliação audiológica e fonoaudiológica.
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Confira alguns hábitos importantes para preservar a audição:
- Identifique e trate precocemente problemas auditivos;
- Caso indicado por especialista, adote aparelhos auditivos ou implante coclear, pois quanto mais precoce utilizar o recurso, melhor será a adaptação e os benefícios;
- Evite o uso excessivo de fones de ouvido e o volume intenso nos acessórios;
- Utilize Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados, como por exemplo, protetor auditivo quando estiver exposto a ambientes ruidosos;
- Evite lugares barulhentos, especialmente ficar próximo à caixas de sons e alto-falantes;
- Reduza a intensidade do volume de aparelhos eletrônicos em casa;
- Use protetor auditivo em shows e eventos esportivos;
- Evite atividades rotineiras com exposição a ruídos intensos;
- Evite colocar objetos pontiagudos próximos à orelha;
- Evite inserir substâncias ou medicamentos sem prescrição médica;
- Utilize protetores auriculares em atividades aquáticas contínuas, como natação.
Fonte: Ministério de Saúde
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Fonte: Jornal Contábil
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