A equipe econômica do Governo comprou briga com os demais servidores públicos federais desde que autorizou o aumento dos policiais federais. O Congresso chegou a aprovar verba específica no Orçamento para que esse aumento fosse oferecido, mas a promessa acabou gerando desconforto em outras categorias.

Os servidores da Receita Federal foram os primeiros a protestar contra esse reajuste – que, a princípio, seria exclusivo para policiais. Mais de mil servidores da Receita entregaram seus cargos de chefia este mês.

Entidades que representam servidores informam que ao menos 19 categorias devem aderir à paralisação prevista para o dia 18. O Ministro Paulo Guedes chegou a conversar com representantes da Receita Federal, que faz parte, aliás, de seu ministério – mas não houve consenso quanto ao pagamento do bônus de eficiência que, segundo os auditores fiscais, teria sido prometido desde o governo Dilma.

Bônus de Eficiência

A remuneração dos servidores da Receita seria adicionada de um Bônus de Eficiência – promessa antiga do Governo desde 2016. De início, esse bônus seria fixo e, em seguida, um Decreto iria indicar como esse bônus seria aplicado de maneira variável.

Os servidores alegam que, nas negociações para a aprovação da Lei Orçamentária, esse Bônus, que estava previsto para ser pago no início deste ano, foi retirado da pauta.

Além disso, além da retirada dos subsídios para a concessão deste Bônus, também foram retirados recursos que seriam utilizados no próprio funcionamento da Receita, incluindo manutenção de serviços e equipamentos.