O Supremo Tribunal Federal (STF) prepara-se para julgar um tema de alta relevância social e econômica que promete sanar a incerteza gerada pelo chamado “limbo previdenciário”. 

A situação, que penaliza milhões de trabalhadores e gera insegurança jurídica para as empresas, ocorre quando o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) concede alta médica ao empregado afastado por incapacidade, mas o empregador se recusa a aceitá-lo de volta, alegando que ele ainda não está apto ao trabalho.

O julgamento, com repercussão geral (Tema 1.421), terá o peso de definir dois pontos cruciais: qual é o momento inicial de contagem do “período de graça” (o tempo em que o segurado mantém a cobertura previdenciária após parar de contribuir) e qual Justiça é a competente para analisar esses impasses – se a Justiça do Trabalho ou a Justiça Federal.

Trabalhador sem salário e sem benefício

Na prática, o limbo previdenciário cria uma “zona cinzenta” onde o trabalhador, apto para o INSS, é considerado inapto pelo seu empregador. O resultado é o pior possível para o empregado: ele fica sem receber o benefício previdenciário e sem o salário da empresa.

Segundo o relator, ministro Gilmar Mendes, o tema atinge uma parcela considerável dos cerca de 2,5 milhões de pessoas que anualmente recebem o benefício por incapacidade temporária e enfrentam a recusa de reintegração após a alta.

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A questão da responsabilidade e do salário

O cerne da discussão jurídica é de quem é a responsabilidade pelo trabalhador durante esse vácuo. A lei estabelece que o contrato de trabalho fica suspenso enquanto o benefício previdenciário é pago. No entanto, com o fim do benefício, o vínculo de emprego volta a ter efeito pleno, e o empregador é o responsável.

Se o empregado se apresenta à empresa após a alta do INSS e é impedido de retornar, ele continua à disposição do empregador. Pela CLT, o tempo à disposição deve ser remunerado normalmente. A Justiça do Trabalho é, neste cenário, considerada o foro natural para resolver o conflito, uma vez que ele nasce da relação de emprego.

O INSS, porém, recorreu ao STF contra uma decisão anterior da Turma Nacional de Uniformização (TNU), que mantinha a condição de segurado até a rescisão efetiva do contrato. O Instituto argumenta que isso criaria um tempo de contribuição “fictício”, sem o recolhimento real.

O Supremo busca, com o julgamento, uniformizar os entendimentos e definir responsabilidades, pondo fim a um cenário que afeta tanto a segurança jurídica nas relações de trabalho quanto a sustentabilidade do regime previdenciário. 

A decisão é vista como essencial para evitar distorções que prejudicam o equilíbrio atuarial do INSS e geram incerteza sobre os custos das empresas.

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