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Uma recente auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), encontrou mais de 80 milhões de erros na principal base de dados do INSS para a concessão de benefícios.

Os erros foram encontrados no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), que segundo informou o TCU, reúne mais de 416 milhões de cadastros.

A análise dos dados envolveu o INSS, a Dataprev que é a empresa de tecnologia do governo e também o próprio Tribunal de Contas da União.

Nesse sentido, o TCU solicitou o acesso às bases de dados no início de 2021, contudo, devido à alta complexidade a análise dos dados ainda está em andamento.

Análise dos erros

A auditoria dos documentos se iniciou no mês de junho do ano passado, e apesar de ter constatado um número impressionante de erros, ainda não chegou ao fim.

De acordo com informações do TCU, essa análise de documentos tem como objetivo identificar e avaliar a qualidade dos dados do cadastro, assim como o impacto na concessão de benefícios previdenciários, trabalhistas e assistenciais.

Além de falhas relacionadas ao CNIS, foram identificados problemas e inconsistências de vínculo no cadastro de uma pessoa que tem Números de Identificação do Trabalhador (NITs) diferentes.

Ainda sobre os Números de Identificação do Trabalhador, foram identificados NITs ativos de pessoas que já faleceram, onde, quase dois milhões de pessoas já faleceram nos últimos cinco anos.

Dados do CNIS

O Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) se trata de uma ferramenta como se fosse um relatório de todas as informações dos trabalhadores, e é também o documento mais importante no universo previdenciário.

No caso do CNIS para que fosse possível identificar as falhas, os auditores analisaram amostra com 300 mil cadastros, onde, o principal erro está ligado a dados incompletos, inválidos e inconsistentes.

O maior problema é que frente a esse desencontro de informações, uma pessoa que vai se aposentar, pode ter uma redução drástica no valor do benefício, ou ainda ter a concessão negada.

Nota do INSS

O INSS enviou uma nota informando que respondeu o ofício do Tribunal de Contas da União dentro do prazo e que aguarda uma nova análise do órgão.

Com relação aos erros que foram encontrados, o Instituto informou que já existe um trabalho que vem sendo feito de forma contínua para otimizar os dados cadastrais do CNIS.

Segundo o INSS, atualmente existem mais de 440 milhões de cadastros no CNIS, e que, caso o segurado encontre erro em suas informações, o mesmo pode solicitar a correção de dados a qualquer momento através da plataforma Meu INSS.

Fonte: Jornal Contábil
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