Uso de IA no empoderamento dos professores na era do ChatGPT

Houve uma explosão de discussões em torno da Inteligência Artificial (IA) e a sua ética nos últimos anos, sendo que essas conversas foram recentemente aceleradas pelo lançamento do ChatGPT da Open AI, que colocou essa tecnologia nas mãos de todos os indivíduos com acesso à Internet. Considerando esses novos desafios e as expectativas em relação ao seu uso, acreditamos que é fundamental expor as nossas crenças e os nossos valores a respeito disso, além de falar sobre como os humanos estão usando isso no presente e os nossos planos para o futuro.

Embora a IA esteja seguindo apenas as nossas ordens e tenha o potencial de automatizar tarefas rotineiras e agilizar processos administrativos, atuando como uma facilitadora, ela não pode substituir as qualidades humanas que estão no cerne da educação, por exemplo. O contato olho no olho, seja presencial ou online, ainda é necessário e, embora ela facilite, por exemplo, o estudo de idiomas, seguirmos capacitando os professores é essencial, pois as pessoas sempre serão fundamentais para a experiência educacional.

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Muitas empresas e negócios previram que a IA vai substituir algumas das tarefas atualmente realizadas pelos professores. Embora ela certamente cause perturbações e disrupções no mercado de trabalho, enxergamos no seu papel a responsabilidade de ajudar os educadores a desempenharem um trabalho ainda melhor, uma vez que o ensino é uma atividade pessoal e humana, que exige respostas consistentemente ágeis, empáticas e criativas, bem como uma compreensão sutil de como as pessoas aprendem.

Portanto, é esperado que nos próximos anos a inteligência se torne uma ferramenta comum na educação, transformando a maneira como ensinamos e aprendemos. A forma como os professores trabalham mudará e os tutores de idiomas não são exceção à regra, pois fazem parte dessa transformação. O potencial é ilimitado e, considerando a IA como uma parceira, o nosso objetivo é capacitá-los para ampliar a aprendizagem, melhorando o seu acesso, e focar no ensino como nunca antes.

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Uso de IA no empoderamento dos professores na era do ChatGPT
Imagem: user850788 / freepik

Mas como os professores podem potencializar a IA para fortalecer as suas habilidades humanas e usá-las como “superpoderes”?

Imagine uma sala de aula onde a IA analisa o estilo de aprendizagem, os pontos fortes e as fraquezas de um aluno e cria um plano de aprendizagem personalizado para atender às suas necessidades individuais, ou seja, um mundo onde essa tecnologia automatiza a avaliação, dando aos professores um tempo valioso para se concentrarem no ensino em vez de tarefas administrativas. Com essa evolução, eles podem pensar na IA como um assistente virtual para ajudá-los com atividades de gestão e de pesquisa, agendamento, organização de carga de trabalho, possibilitando que eles passem mais tempo fazendo o que amam, ou seja, ajudando os seus estudantes.

É isso que a análise preditiva pode fazer, identificando quem está em risco e ainda fornecendo suporte adicional, ferramentas de criação de conteúdo que geram materiais de alta qualidade, como questionários, fichas de estudo e ferramentas de tradução, permitindo que os tutores alcancem um público mais amplo. O software de reconhecimento de voz alimentado por IA poderia transcrever aulas em tempo real, criando experiências de aprendizado mais acessíveis para alunos com deficiências, por exemplo.

Isso reduziria a carga de trabalho dos professores ao diminuir algumas de suas tarefas mais repetitivas ou ajudaria ainda na utilização de dados para personalizar um curso de estudo. Essas são apenas algumas das vantagens que essa nova tecnologia tem a oferecer, auxiliando os tutores a se concentrarem ainda mais em seus próprios alunos, usando a sua paixão educacional como um “superpoder” para ensiná-los.

Transformando o cenário educacional e aprimorando a aprendizagem com a IA

Os professores sempre usaram a tecnologia para ajudar os alunos, desde fotocopiadoras e calculadoras até computadores e a própria Internet – todos foram chamados de disruptores em seu tempo. Novas ferramentas como o GPT vão transformar a forma como aprendemos e ensinamos e isso não está em discussão, uma vez que já podemos observar os seus impactos.

A pergunta fundamental é como criar espaço para a IA apoiar os tutores. Cabe às empresas e a eles mesmos usarem empatia, criatividade e pensamento crítico para moldar como as novas ferramentas podem avançar a aprendizagem e ajudar os alunos a alcançarem o seu pleno potencial. Mas, para isso, eles sempre precisam respeitar, é claro, as questões éticas ligadas ao uso da inteligência artificial para fins educacionais.

Além disso, os estudantes sabem que sempre podem contar com um relacionamento de confiança com os seus professores e isso não é facilmente replicado por um algoritmo, não importa o quão sofisticado ele seja. Dessa forma, os tutores continuarão a existir como parte do novo modelo, uma vez que a IA não os substituirá, mas os tornará profissionais melhores, amplificando as suas vozes e libertando-os das tarefas mais monótonas, permitindo que eles ajudem os alunos a alcançarem o seu pleno potencial.

Por Dmytro Voloshyn, co-fundador e CTO do Preply

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Fonte: Jornal Contábil
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