A partir do dia 13, valores de até R$ 500 do FGTS começarão a cair na conta dos trabalhadores que têm poupança na Caixa Econômica Federal. Quem não tem poderá sacar a partir de outubro, conforme a data de aniversário. Segundo o Datafolha, 45% dos que têm conta no fundo pretendem fazer o saque.
A liberação extra do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) começa a ser depositada na próxima semana na conta dos trabalhadores que têm poupança na Caixa Econômica Federal.
A partir de 13 de setembro, até R$ 500 de cada conta do fundo, ativa ou inativa, serão depositados automaticamente na poupança. Quem não tem conta no banco poderá sacar a partir de outubro, conforme a data de aniversário.
O governo estima que R$ 40 bilhões serão injetados na economia. Mas, em vez de usar o dinheiro no consumo, grande parte dos trabalhadores com direito ao saque deve usar esse dinheiro para pagar dívidas.
Pesquisa da XP Investimentos em parceria com o Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) mostra que 4 em cada 10 consumidores deve usar o dinheiro para esse fim. A pesquisa ouviu mil entrevistados.
Segundo a Serasa Experian, 23 milhões de brasileiros estão endividados. Em São Paulo, mais de 4,5 milhões têm débitos em atraso de até R$ 500.
Se eles regularizarem a situação financeira, cerca de 39 milhões de dívidas negativadas poderão sair do cadastro de inadimplentes da Serasa.
“Pode parecer pouco, mas R$ 500 são praticamente a metade de um salário mínimo. Para quem está com contas em atraso, esse recurso extra poderá aliviar o bolso”, diz Roque Pellizzaro Junior, presidente do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) Brasil.
Roberto Góis, diretor de novos negócios na empresa Acordo Certo, orienta a quem for resgatar o dinheiro a verificar com antecedência quais dívidas negociar.
“Dependendo do tempo em que a dívida está em aberto, as empresas podem oferecer descontos substanciais”, diz.
Segundo a pesquisa XP/ Ipespe, depois das dívidas, a prioridade são as aplicações, para 26% dos entrevistados.
Rodrigo Franchini, sócio e head de produtos da Monte Bravo, orienta a opção pelo Tesouro Direto. “Para quem não entende, é melhor fugir de volatilidade e escolher um ativo mais seguro. Nesse caso, o tesouro tem o maior retorno com liquidez”, afirma.
É possível investir no Tesouro a partir de R$ 34,81. Se investido no Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029, produto com maior rentabilidade no momento, R$ 500 dão lucro líquido de R$ 883,45 em um ano, sem considerar eventuais taxas de administração.
Mas é preciso estar atento ao prazo de resgate, pois pode haver perda de valor em resgates antecipados, cuja remuneração varia de acordo com a volatilidade do mercado.
Franchini diz que quem optar pelo investimento não deve se ater apenas ao Tesouro, mesmo que renda fixa. “A diversificação é importante. Se pode investir R$ 100 em cada tipo de produto, de acordo com o perfil do investidor. Se ele for mais arrojado, vale entrar no mercado de ações”.
Antes de escolher a aplicação, é importante garantir a reserva de emergências, pontua o planejador financeiro CFP da Planejar, Flávio Pretti.
A reserva deve ser suficiente para cobrir todas as despesas pessoais em um ano, em caso de desemprego, e deve ser investida em uma aplicação segura, que possa ser sacada quando necessário. Uma parte desta funcionalidade é coberta pelo próprio FGTS, caso o trabalhador não saque todo o dinheiro do fundo.
Sem dívidas em atraso, e com investimento garantido, o trabalhador pode se voltar ao consumo, aponta Pretti.
“Mas é preciso fazer uma boa pesquisa de preços e negociar, sempre pagando à vista. Faça uma oferta que você sabe ser um valor justo e coerente para o produto”, afirma.
Segundo levantamento do Google com 1.500 pessoas, 15% pretendem usar o FGTS para consumo. Dentre elas, 30% planejam adquirir um celular.
Com R$ 500 é possível comprar um smartphone de até 16 GB de armazenamento.
Varejistas preparam ações condicionadas ao FGTS. Na semana passada, a Magazine Luiza disponibilizou cupons de desconto de R$ 500 em seu aplicativo para bens com as iniciais FGTS: fogões, geladeiras, televisores e smartphones.
Agências de turismo também embarcaram na oportunidade e disponibilizam pacotes com desconto.
Segundo a pesquisa do Google, das pessoas que irão resgatar o FGTS, 6% pretendem usar o dinheiro para viajar.
Na ViajaNet, por exemplo, há passagens de ida e volta para Foz do Iguaçu (PR), saindo de São Paulo, por R$ 258. A empresa vai aderir à “Semana do Brasil”, de 6 a 15 de setembro, e afirma que divulgará destinos e pacotes nacionais, com saída de São Paulo e valores em até R$ 500.
A Decolar está com a “Semana de Descontos Decolar”, promoção similar à da Viaja Net.
Saindo de São Paulo, há passagens ida e volta para Florianópolis por R$ 324 e, para o Rio de Janeiro, por R$ 235.
A CVC e a Submarino Viagens oferecem pacotes para Belo Horizonte a partir de R$ 392 e, para Balneário Camboriú (SC), por R$ 500 com voos partindo de São Paulo.
O planejador financeiro Caio Henrique Alberconi alerta: “Não tem segredo: é preciso pesquisar. Procure em mais de um site na internet e converse com amigos que já fizeram viagens similares.”
Ele diz que o meio de pagamento também impacta no orçamento da viagem.
“Evite utilizar o cartão de crédito ou parcelar a compra via boleto: o ideal é sempre pagar à vista. Do total de um orçamento de R$ 500, separe 60% para alimentação, passagem e hospedagem e, os 40% restantes, reserve para gastos extras”, aconselha.
Pode parecer pouco, mas R$ 500 são praticamente a metade de um salário mínimo. Para quem está com contas em atraso, esse recurso extra poderá aliviar o bolso Roque Pellizzaro Junior Presidente do SPC Brasil
Fonte: pressreader.com – FSP
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Fonte: Jornal Contábil
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