Abrir uma empresa é um importante passo na vida de uma pessoa. Afinal, o futuro é planejado baseado no sucesso dos negócios. Por isso é preciso se comprometer, cumprir com as obrigações, respeitar as leis vigentes no país e também colaborar na hora de fiscalizar.
Dentre tantas siglas existentes no mundo dos negócios, você já ouviu falar em COAF? Trata-se de uma importante referência na fiscalização de empresas e combate de fraudes, importante para tornar o meio empresarial mais confiável e melhorar, inclusive, a imagem do Brasil a nível internacional.
Quer entender melhor o que é o COAF, para que serve e como funciona? Nesta leitura vamos te explicar tudo é preciso saber sobre essa instituição. Acompanhe!
Afinal, o que é COAF?
COAF significa Conselho de Controle de Atividades Financeiras. O órgão foi criado em 3 de março de 1998 por meio da Lei 9.613/1998, e visa combater crimes relacionados à lavagem de dinheiro.
Desde a sua criação, o conselho atua na análise de movimentações no meio financeiro, com o objetivo de identificar atividades criminosas e irregulares. O foco da Coaf vai além da prevenção de lavagem de dinheiro, agindo ainda no combate do financiamento ao terrorismo.
As instituições que realizarem movimentações financeiras de alto valor — como corretoras, bancos e joalherias — devem informar ao Coaf sobre a natureza das suas operações, para contribuir com a atuação do conselho. Assim, é possível confirmar se essas transações são ilegais ou não.
Caso as empresas não enviem essas informações, estão sujeitas ao recebimento de multas bem altas. Além disso, ao identificar empresas com irregularidades, o Coaf tem poder para definir quais serão as penalidades aplicadas em cada situação.
Para que serve o COAF?
O COAF tem algumas competências, que são definidas e devem ser cumpridas. De acordo com a Lei 9.613/1998, cabe ao Coaf:
- disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas previstas na Lei, sem prejuízo das competências de outros órgãos e entidades;
- coordenar e propor mecanismos de cooperação e de troca de informações que viabilizem ações rápidas e eficientes no combate à ocultação ou dissimulação de bens, direitos e valores;
- requerer aos órgãos da Administração Pública as informações cadastrais bancárias e financeiras de pessoas envolvidas em atividades suspeitas;
- comunicar ao ilícito, quando identificado, às autoridades competentes para a instauração dos procedimentos cabíveis.
Inicialmente, o COAF era ligado ao Ministério da Fazenda, mas passou a ser responsabilidade do Ministério da Economia quando a Lei 13.974 foi publicada, vinculando o órgão ao Banco Central do Brasil (Bacen).
Com a nova lei, passou a ser da competência do presidente do Bacen escolher e nomear o presidente do COAF e os membros do Plenário, composto por doze servidores ocupantes de cargos efetivos.
Assim, o Coaf atua juntamente a outras entidades governamentais, como o próprio Banco Central, a Polícia Federal, o Ministério Público e a Receita Federal, enviando relatórios de atividades suspeitas para as autoridades responsáveis por prender, julgar e penalizar os crimes.
O conselho também pode receber demandas por suas atividades, solicitadas pelos demais órgãos. Por exemplo, no caso de uma investigação do Ministério Público, esse pode solicitar a avaliação de determinadas atividades.
Como funciona o COAF?
O COAF funciona por meio da análise e identificação de atividades que podem estar ligadas a eventos ilegais. Na prática, alguns setores econômicos são obrigados a relatar movimentações financeiras suspeitas realizadas por seus clientes ou transações com valores muito altos.
Alguns exemplos desses setores considerados “obrigados” pela legislação são:
- Instituições financeiras e consórcios;
- Empresas seguradoras e de previdência complementar;
- Instituições que atuam no mercado de valores mobiliários;
- Joalherias;
- Comércio de bens de luxo ou de alto valor;
- Comércio de imóveis;
- Juntas comerciais e registros públicos.
O que é Declaração COAF?
A declaração COAF é outra obrigação das organizações ou profissionais que prestem serviços na área da contabilidade. Elas devem comunicar ao COAF a não ocorrência de eventos suspeitos de lavagem de dinheiro ou financiamento ao terrorismo.
Para isso, é preciso enviar ao conselho uma “declaração negativa”, todos os anos durante o mês de janeiro. Essa prática é totalmente sigilosa e protege o contador, que pode transmitir à instituição informações de atividades suspeitas de seus clientes. Se o profissional tiver informações e não as declarar, pode até mesmo ser responsabilizado caso algum crime seja comprovado.
É importante ressaltar que a declaração não é obrigatória para contadores que trabalham como empregados de uma empresa. é muito importante ficar atento ao prazo para envio da declaração, para evitar penalidades da lei.
Dica Extra: Já imaginou aprender 10 anos de Prática Contábil em poucas semanas?
Conheça um dos programas mais completos do mercado que vai te ensinar tudo que um contador precisa saber no seu dia a dia contábil, como: Rotinas Fiscais, Abertura, Alteração e Encerramento de empresas, tudo sobre Imposto de Renda, MEIs, Simples Nacional, Lucro Presumido, enfim, TUDO que você precisa saber para se tornar um Profissional Contábil Qualificado.
Se você precisa de Prática Contábil, clique aqui e entenda como aprender tudo isso e se tornar um verdadeiro profissional contábil.
O post Para que serve o COAF e como é seu funcionamento? apareceu primeiro em Jornal Contábil – Contabilidade, MEI , crédito, INSS, Receita Federal.
Fonte: Jornal Contábil
Abertura de empresa em São Bernardo do Campo com o escritório de contabilidade em São Bernardo Dinelly. Clique aqui