Nesta terça-feira (23), o Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a julgar a Revisão da Vida Toda do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Caso seja concedido, os aposentados poderão utilizar toda sua vida contributiva para cálculo do benefício, e não mais apenas os salários após julho de 1994 (entrada do plano real).
Caso seja concedido, todos os aposentados que tiveram as maiores contribuições feitas, ou maiores salários anteriores a 1994, poderão utilizar esse tempo no cálculo do benefício, podendo em alguns casos até mesmo multiplicar o valor das aposentadorias.
Na projeção atual, a tendência é de que a regra acabe sendo aprovada, tendo em vista que a maioria dos ministros já votou a favor da revisão da vida toda em sessão no plenário virtual que ocorreu no mês de março.
Decisão do STF
No mês de março, todos os 11 ministros que até então julgavam o tema deram os seus votos sobre o tema, onde, a vitória parecia certa para os aposentados, tendo em vista o placar de 6 votos a favor e 5 contra.
Contudo, restando 30 minutos para o fim da sessão, a análise do tema foi suspensa por pedido de destaque do ministro Kassio Nunes Marques.
O que deixou o tema apreensivo, foi a aposentadoria do ministro Marco Aurélio, que se aposentou pouco tempo após o julgamento e deu seu voto favorável a revisão da vida toda.
O ministro então aposentado foi substituído por André Mendonça, todavia, a apreensão ocorreu, pois, não se sabia qual seria o rumo da revisão, já que um dos ministros que aprovou o tema acabou se desligando e não sabiam qual seria o posicionamento de André Mendonça.
Todavia, a Corte, realizou uma nova decisão no mês de junho, em que ficou decidido que os votos de ministros aposentados devem ser mantidos, sob a ótica de que, durante o julgamento, o ministro aposentado estava a par do tema e seu entendimento deveria ser resguardado.
A sessão do STF está prevista para ocorrer hoje a partir das 14h e poderá trazer uma nova perspectiva para milhões de aposentados e pensionistas que foram afetados com a regra de utilizar apenas as contribuições posteriores a 1994.
Impacto de R$ 46 bilhões
Vale lembrar que no ano de 2019, antes do tema seguir para o STF, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), já havia decidido em favor da revisão da vida toda. O Supremo Tribunal Federal, por sua vez, analise a constitucionalidade da norma, com foco nos prejuízos aos cofres públicos.
Segundo informações da equipe econômica do governo, caso a revisão seja aprovada, a mesma trará um impacto de R$ 46 bilhões ao longo de dez anos. Todavia, diversos especialistas ponderam para que este cálculo seja superestimado, já que o número de beneficiados com a revisão não será tão alto.
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Fonte: Jornal Contábil
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