A Secretaria de Estado da Saúde (SES) realiza, durante o mês de janeiro, a campanha anual de conscientização e combate à hanseníase. A iniciativa, chamada Janeiro Roxo, foi instituída em 2016 pelo Ministério da Saúde para reforçar a importância da detecção precoce dos casos, a divulgação de informações que ajudem a população a identificar os sinais e sintomas, além da sensibilização dos profissionais de saúde para a suspeição de casos.
O Programa de Controle da Hanseníase estadual coordena, incentiva e orienta, por meio dos interlocutores dos Grupos de Vigilância Epidemiológica (GVE), as atividades junto às vigilâncias de cada cidade.
Em 2021, foram diagnosticados 1.026 pacientes com a doença. No Brasil, em 2019, segundo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, foram registrados 27.864 casos novos, colocando o país no segundo lugar em registros no mundo.
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Todos podem ser acometidos pela doença, que tem como principal meio de transmissão as vias respiratórias de uma pessoa não tratada. “O diagnóstico precoce e o tratamento regular levam a cura, previne complicações e possíveis sequelas”, explica a diretora técnica da Divisão de Hanseníase do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da SES, Tanya Eloise Lafratta.
A ampliação na detecção de casos auxilia, ainda, no rastreio de pessoas que convivem de forma próxima ao doente. A orientação é para que passem por avaliação clínica, por possuírem maior risco de adoecer.
Doença crônica transmissível
A hanseníase é uma doença crônica transmissível causada pela bactéria Mycobacterium leprae, de evolução lenta e insidiosa e, na maior parte dos casos, acomete a pele e os nervos periféricos. Se não tratada, pode resultar em incapacidades físicas. A transmissão ocorre de pessoa para pessoa, e a principal via de eliminação do bacilo são as vias aéreas superiores: nariz e boca. Os doentes multibacilares sem tratamento são as principais fontes de infecção da doença.
Os principais sinais e sintomas da hanseníase são: áreas da pele com manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou acastanhadas que não coçam e não doem com diminuição de sensibilidade ao toque, à dor, ao calor e ao frio. Apresenta rarefação de pelos, anidrose (pele sem suor) e áreas de dormência.
Com a menor sensibilidade da pele, o indivíduo corre o risco de se machucar ou queimar sem perceber a gravidade. Também pode apresentar áreas com formigamento, sensação de agulhadas e dor no trajeto dos nervos. O surgimento de incapacidades físicas é um dos aspectos mais importantes da doença que pode levar ao estigma e discriminação do doente.
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Tratamento gratuito
“O tratamento da hanseníase (que pode durar de 6 a 12 meses) é gratuito e a medicação é disponibilizada pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e unidades de referência do SUS”, informa a diretora da Divisão. A taxa de cura no Estado é de 90%, de acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Além das Unidades Básicas de Saúde, o estado possui Unidades de Referência secundária e terciária, a exemplo do Instituto Dr. Lauro de Souza Lima (ILSL), em Bauru, Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, Hospital das Clínicas da Unicamp, Unesp de Botucatu, assim como o Hospital das Clínicas e a Unifesp, em São Paulo.
Fonte: Governo do Estado do São Paulo
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Fonte: Jornal Contábil
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