Em meio a um cenário de expectativas e análises, a nova etapa da reforma tributária no Brasil aparece como um marco de transformação, trazendo consigo mudanças significativas que prometem redefinir o panorama econômico do país.
Sob a proposta de simplificar o sistema tributário e corrigir distorções, a reforma visa extinguir os cinco principais tributos sobre o consumo – IPI, PIS, Cofins, ICMS e ISS – e instituir um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual, composto pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) federal e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) estadual e municipal, além de um Imposto Seletivo Federal.
As implicações dessas mudanças refletem diversos setores da economia, incluindo o mercado de capitais. Embora ainda não haja estudos específicos sobre os impactos por setor, a simplificação tributária e a potencial redução de litígios prometem criar um ambiente de negócios mais previsível e menos oneroso.
Robson Freitas, Diretor Executivo da NTW Contabilidade Magé, explica que empresas listadas na Bolsa de Valores podem ser beneficiadas pela redução da complexidade e dos custos operacionais, especialmente no longo prazo, quando as novas regras estiverem plenamente implementadas.
A reforma, embora almeje simplificar o sistema tributário, não prevê necessariamente uma redução da carga fiscal, o que poderia verdadeiramente fortalecer a competitividade e a lucratividade das empresas brasileiras. O período de transição para o novo modelo também pode acarretar aumento de custos com atualização e cumprimento de obrigações tributárias acessórias.
Apesar dos desafios iminentes, a reforma tributária oferece oportunidades palpáveis. A simplificação do regime fiscal e a possível redução da carga tributária sobre o consumo podem melhorar a competitividade das empresas, repercutindo positivamente no mercado de ações. Entretanto, a adaptação ao novo sistema e a compreensão das novas normas e regulamentos representam obstáculos a serem enfrentados.
A influência da reforma tributária nas estratégias de investimento é inegável. A atratividade de diferentes setores pode ser afetada pela forma como as mudanças tributárias impactam os custos e a rentabilidade das empresas.
Nesse sentido, fundos de investimento e gestores de carteira serão submetidos a reavaliar suas posições e estratégias para se adaptarem ao novo ambiente tributário, principalmente no médio e longo prazo.
Embora projeções específicas ainda não estejam disponíveis, a reforma tributária, ao alinhar o sistema brasileiro com as melhores práticas internacionais e ao buscar reduzir custos e complexidades, tem o potencial de impulsionar o crescimento econômico.
‘’Tal cenário poderia favorecer o desempenho do mercado de ações, melhorando o ambiente de negócios e fortalecendo a confiança dos investidores. A aspiração de trazer um pouco do modelo europeu de IVA para o Brasil visa não somente simplificar os impostos, mas também atrair investimentos estrangeiros, consolidando a posição do mercado nacional no contexto global’’, finaliza Robson.
por MGA Press
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