A Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon) encerrou na noite desta sexta-feira, 06, o 2º Congresso Fenacon 2024, em Brasília. O evento reuniu cerca de 200 participantes na sede da CNC para assistirem 21 palestras sobre temas pertinentes à classe empresarial.

“Reunimos 40 entidades empresariais representadas por presidentes, gerentes e colaboradores, além de especialistas das áreas jurídica e contábil. Nosso objetivo é debater temas como responsabilidade civil, contribuições, convenções coletivas e inovação por meio de workshops sobre gestão, motivação, negócios e inteligência artificial. Essas discussões podem aprimorar os serviços oferecidos pelos sindicatos patronais que representamos”, destacou o presidente da Fenacon, Daniel Coêlho.

Roberto Lopes, advogado especialista da CNC, destacou a legitimidade das entidades sindicais de ingressar em juízo em prol das categorias que representam. “É essencial essa representação, cuja previsão consta na Constituição Federal, para lutar pelos interesses da categoria. Após a reforma trabalhista essa atuação sindical ficou muito mais importante, o que faz com que os sindicatos tenham mais consciência dos anseios de suas classes para ingressar em juízo e lutar pelos interesses das causas”, disse.

O secretário adjunto de Arrecadação e Cadastro da Receita Federal, Márcio Gonçalves falou sobre a Instrução Normativa RFB nº 2.237/2024, que põe fim à DCTF (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais), que será substituída pela DCTFWeb, a partir de janeiro de 2025. Os novos procedimentos para a DCTFWeb, devem substituir a obrigação da geração da DCTF convencional. Isso quer dizer que os contribuintes do IPI estarão obrigados à geração da DCTFWeb e ficarão desobrigados de entregar a DCTF convencional, por conta da sua extinção.

“O ponto principal é a conformidade, como podemos promover para que o contribuinte possa pagar seus tributos em dia, entregar suas declarações, e como os contadores podem e devem participar disso, a importância do contador para que ele possa promover a conformidade. Abordamos ainda sobre arrecadação relacionada aos benefícios fiscais e sobre a reforma tributária como algo positivo, pois vai trazer simplificação na tributação, com redução e automação, o que facilita para o contribuinte e o contador, além de melhorar o ambiente de negócios do país”, disse.

Outra palestra teve à frente o vice-presidente de Governança e Gestão Estratégica do CFC, Joaquim de Alencar Bezerra Filho, que falou sobre a visão de futuro da profissão contábil e as responsabilidades da instituição. “Destacamos a evolução da profissão e o ponto de vista que estamos vivendo com todas as conquistas que tivemos e agora com todos os posicionamentos diante das necessidades da profissão de buscar o seu valor cada vez mais edificado na sociedade para que os profissionais tenham maior autoestima e percepção do mercado. Abordamos o papel das instituições para que estejam unidas e mirando a sociedade e o desenvolvimento profissional”.

Já o campeão olímpico, Emanuel Rego, falou sobre o papel da liderança. “Muitas vezes não percebemos que há lideranças que ocorrem de forma natural e outras forçadas. No esporte, a liderança vem de direcionamento, posicionamento e organização de gestores. Isso vai ao encontro de tudo o que temos falado e os profissionais da contabilidade têm que orientar, mapear e trazer dados. O esportista precisa das estatísticas dos jogos. Isso une os dois fatores, a vida esportista e a vida dentro da contabilidade”.

O senador Izalci Lucas abordou assuntos em tramitação no legislativo brasileiro. “Falamos sobre o que está tramitando no Congresso, especialmente no Senado, sobre reforma tributária, o código de defesa do contribuinte e do processo de execução administrativa fiscal, e chamar a classe contábil para participar mais do processo, com sugestões, críticas, para que possamos atuar junto ao Executivo para não ocorrer o que está ocorrendo, ou seja, muito trabalho e muito ônus”, disse.

Depois, o diretor de negócios e marketing da Safeweb, Luciano Schewe, falou sobre certificação digital e as mudanças que ocorrerão nos próximos anos. “Existe a pauta modernizante proposta pelo governo e que visa tornar o Gov ainda mais forte e dá cidadania digital ao cidadão. Em setembro foi lançada a carteira de identidade nacional, que permite integração com o certificado digital como documento eletrônico do cidadão brasileiro. Existe uma pauta nesse sentido, apoiada no uso de assinaturas qualificadas que são realizadas por meio de assinaturas digitais para prover cidadania ao cidadão e agilidade ao governo”, explicou.

Ainda segundo ele, na Fenacon existe a disponibilização dessas ferramentas chamadas certificado digital. “Mostramos que há horizonte promissor pela frente e precisamos estar posicionados de forma propositiva, próxima à lei, mas tentar nos aproximar do cidadão que será o grande usuário dessa tecnologia. A autoridade de registro eletrônica, o cidadão e a empresa poderá fazer o certificado digital de forma autônoma. Até abril ou maio isso deve ocorrer, e os Sescons, e Sescaps precisam estar atentos a isso”, salientou.

Ainda no período da manhã, a gerente de comunicação da Fenacon, Samara Neres e o diretor de comunicação, Sidenilso Filgueira, falaram sobre marketing digital e inovação de produtos. “Trouxemos algumas tendências que irão permear 2025, como o uso da inteligência artificial, para melhoria dos processos, por meio de chatbots, bem como o usuário no centro do negócio. As empresas precisam estar atentas para que os processos e as rotinas sejam feitas de formas cada vez melhores”, destacou Neres.

“Abordamos a história da comunicação e todo esse movimento que as empresas e entidades fazem para se aproximar dos seus clientes ou associados. Abordamos sobre marketing de produto, melhor forma de comunicação e o nível de formação, e tudo o que precisamos para um departamento de comunicação”, concluiu Sidenilso.

por Assessoria Cenários Comunicação